As medidas de isolamento social no Brasil afetaram cada empresa de uma forma diferente. Mas, é possível que uma coisa tenha passado pela cabeça da maioria dos empresários, a possibilidade de atuar em home office. Mesmo não sendo a realidade de todos, esse modelo de trabalho impactou muita gente e, com isso, alterou também as relações de trabalho entre empresários e funcionários.

Além das mudanças provocadas nas questões trabalhistas mais aparentes — como o registro de ponto, compartilhamento de despesas e outros aspectos que envolvem a legislação da CLT —, a mudança para Home Office alterou, principalmente, a forma com que as pessoas se relacionam.

De início, é possível perceber o primeiro impacto logo na mudança de ambiente, já que, trabalhando de casa, no conforto característico do lar, o comportamento do trabalhador já muda. Existem dois aspectos fundamentais a se entender para que a prática de Home Office seja proveitosa tanto para a empresa quanto para os funcionários. 

O comportamento do funcionário

Dentro da lei, diversas são as possibilidades de trabalho em Home Office. Algumas empresas optam por fazer horário flexível, ou seja, não cobrar que seja cumprido exatamente o horário normal de trabalho, desde que sejam realizadas todas as atividades. Outras empresas, por sua vez, preferiram seguir o mesmo caminho do dia a dia, com horários fixos de trabalho para entrada e saída dos funcionários.

Durante a temporada trabalhando em casa, o próprio ambiente já afeta o comportamento dos trabalhadores, o que faz necessário uma certa empatia e flexibilidade dos empresários. Como estamos em isolamento social, os filhos dos funcionários também estão em casa e demandam certa atenção. A sensação de ficar horas no mesmo ambiente, sem ter outras pessoas para conversar regularmente faz com que seja necessário, vez ou outra, sair para movimentar o corpo.

Além dessas, muitas outras particularidades do Home Office fazem com que cada caso deva ser analisado individualmente e mantido, principalmente, através de um bom relacionamento entre funcionário e empresário. Entretanto, em meio a tantas flexibilizações, algumas atitudes devem se manter, como a postura profissional do trabalhador, que deve ser a mesma de quando presente no escritório em qualquer circunstância.

Segurança e Confiança

Para o Home Office funcionar, tanto o colaborador quanto o empresário devem estar em sintonia. E as relações de trabalho precisam ser o mais francas possíveis. A comunicação precisa estar em dia. Sem ela, é impossível realizar o acompanhamento das tarefas e atividades desenvolvidas. A confiança no trabalho começa por aí, construída aos poucos com a comunicação diária.

Um dos pontos fundamentais para que o trabalho em casa funcione é, justamente, a segurança transmitida pelos empresários aos colaboradores. Muitos funcionários têm a sensação de que, se não responderem imediatamente a qualquer demanda, passarão a imagem de que não estão trabalhando.

É preciso que haja confiança. Assim como os funcionários precisam fazer as suas tarefas, os seus superiores precisam confiar que as coisas estão funcionando exatamente como deveriam.

Produzindo em casa

Ainda não sabemos quando as medidas de isolamento social vão acabar e, até lá, o Home Office pode ser a única alternativa para as empresas continuarem funcionando. Estabelecer as melhores relações de trabalho é, possivelmente, o melhor caminho para que os funcionários possam render melhor.

O comprometimento deve partir de ambos os lados. É responsabilidade do empresário criar um ambiente propício para que o Home Office seja produtivo. Estabelecendo critérios e, até mesmo, orientações e regras (flexíveis ou não) de como prosseguir trabalhando em casa, a empresa consegue fazer com que o funcionário, além de render mais, se sinta confortável durante o trabalho para realizar suas tarefas.  

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