De acordo com análise de Eduardo Sampaio, Carlos Renato Mendes e Rodrigo Hong apresentada no Jornal JOTA, a crise do coronavírus tem impactado muito o setor jurídico das organizações. Diversas ações vêm sendo tomadas por empresas de diferentes segmentos do mercado para sobreviverem a 2020. Dentre elas, se destacam a suspensão do contrato de trabalho e a redução de jornadas e salários, previstas em lei, e uma série de demissões.

O artigo apresentado na última sexta-feira alerta, também, para um provável aumento significativo na quantidade de litígios iniciados contra as empresas. Isso tende a acontecer devido a medidas adotadas rapidamente, com o intuito de preservar as marcas e manter a geração de caixa.

O número de demissões sem justa causa vai seguir aumentando devido ao desaquecimento da economia, o que representa um volume significativo de quebras contratuais na relação de produção de ben e serviços. Com isso, é esperado também que a satisfação dos clientes com os serviços prestados diminua, gerando um crescimento nas ações protocoladas para cobrar os supostos direitos.

No que tange o aspecto trabalhista, o setor jurídico das empresas pode se preparar com base nas últimas crises ocorridas. A do subprime, entre 2008 e 2009, causou um aumento de 10,6% na entrada de processos trabalhistas na Justiça. Após o ajuste fiscal de 2015, com suas medidas para retenção de gastos, gerou outra alta no desemprego. Normalmente, no período pós-crise, são esperados 10% a 12% de aumento no volume de processos trabalhistas. Trazendo para o momento atual, a expectativa é de 192 mil a 273 mil ações adicionais em relação a 2019.

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Informações extraídas do artigo  “Impactos da crise no setor jurídico das organizações”, apresentado no jornal JOTA em 17 de julho de 2020.

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