Estratégias de marketing despertam o interesse de qualquer profissional, afinal todos querem descobrir formas de expandir a rede de contatos e de vender mais e melhor. Para os advogados, no entanto, pensar em marketing pode ser uma grande aflição. Isso porque, sob as rígidas diretrizes da OAB – Ordem Brasileira dos Advogados, desenvolver táticas de publicidade jurídica se configura como uma tarefa árdua.

Entretanto, difícil não quer dizer impossível. Os advogados podem, sim, realizar ações de marketing para ampliar o seu alcance no mercado e trazer mais visibilidade para as soluções que oferecem. E para isso não é preciso descumprir nenhuma regra. Basta contar com boas doses de criatividade e de inovação. 

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Marketing para advogados: conhecendo os limites

Antes de tudo, é importante que os advogados conheçam bem até onde podem ir quando se trata de marketing. Isto é, eles devem estar cientes das normativas da OAB acerca desse tema. 

O que diz o Código de Ética da OAB?

Desde o seu primeiro CED – Código de Ética e Disciplina, publicado em 1995, a OAB já definia instruções acerca do marketing para advogados. É o caso do texto de seu artigo 28, Capítulo IV, que afirmava que “o advogado pode anunciar os seus serviços profissionais, individual ou coletivamente, com discrição e moderação, para finalidade exclusivamente informativa, vedada a divulgação em conjunto com outra atividade”

Mas foi a partir da publicação do seu Novo Código de Ética, em 2016, que a Instituição forneceu diretrizes mais claras e completas acerca do que seria permitido ou vedado no campo da publicidade jurídica. No capítulo VIII, os advogados encontram todas as normas vigentes acerca desse tópico, e, dentre elas, vale destacar o que diz o artigo 39: 

“A publicidade profissional do advogado tem caráter meramente informativo e deve primar pela discrição e sobriedade, não podendo configurar captação de clientela ou mercantilização da profissão”.

E desse dispositivo, duas palavras merecem destaque: discrição e sobriedade. Ao realizar qualquer ação de marketing, os advogados devem agir de forma discreta e sóbria, a fim de não comprometer o decoro que cabe ao exercício de uma carreira jurídica. 

O que não pode?

A partir dos preceitos de discrição e sobriedade, alguns recursos de marketing se tornam proibidos aos advogados, sendo possível destacar o que é tratado nos seguintes artigos:

Art. 40. Os meios utilizados para a publicidade profissional hão de ser compatíveis com a diretriz estabelecida no artigo anterior, sendo vedados: 

I – a veiculação da publicidade por meio de rádio, cinema e televisão; 

II – o uso de outdoors, painéis luminosos ou formas assemelhadas de publicidade; 

III – as inscrições em muros, paredes, veículos, elevadores ou em qualquer espaço público; IV – a divulgação de serviços de advocacia juntamente com a de outras atividades ou a indicação de vínculos entre uns e outras; 

V – o fornecimento de dados de contato, como endereço e telefone, em colunas ou artigos literários, culturais, acadêmicos ou jurídicos, publicados na imprensa, bem assim quando de eventual participação em programas de rádio ou televisão, ou em veiculação de matérias pela internet, sendo permitida a referência a e-mail; 

VI – a utilização de mala direta, a distribuição de panfletos ou formas assemelhadas de publicidade, com o intuito de captação de clientela. 

Art. 41. As colunas que o advogado mantiver nos meios de comunicação social ou os textos que por meio deles divulgar não deverão induzir o leitor a litigar nem promover, dessa forma, captação de clientela.

Art. 42. É vedado ao advogado: 

I – responder com habitualidade a consulta sobre matéria jurídica, nos meios de comunicação social; 

II – debater, em qualquer meio de comunicação, causa sob o patrocínio de outro advogado; III – abordar tema de modo a comprometer a dignidade da profissão e da instituição que o congrega; 

IV – divulgar ou deixar que sejam divulgadas listas de clientes e demandas; 

V – insinuar-se para reportagens e declarações públicas.

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Marketing para advogados: o que é possível fazer?

Uma vez entendido que o marketing, em si, não é uma proibição, e que existem práticas a ser evitadas, resta aos advogados saber as estratégias de publicidade das quais podem se valer. E, nesse ponto, temos algumas dicas:

Presença online

A internet hoje é a principal aliada de qualquer pessoa. É a ela que se recorre para sanar dúvidas e descobrir formas de se solucionar um problema. E quando se trata de demandas no campo da advocacia, essa realidade não é diferente: o principal consultor jurídico da atualidade é a internet. 

A internet hoje é a principal aliada de qualquer pessoa. É a ela que se recorre para sanar dúvidas e descobrir formas de se solucionar um problema. E quando se trata de demandas no campo da advocacia, essa realidade não é diferente: o principal consultor jurídico da atualidade é a internet. 

E os profissionais da área jurídica devem aprender a fazer o mesmo.

Marketing de Conteúdo

Uma interessante estratégia para manter uma forte presença online é o marketing de conteúdo. Ele, que consiste basicamente na criação de textos, artigos e materiais que visam explicar um determinado tema, pode trazer grande visibilidade aos advogados sem impor riscos ao cumprimento das normas estabelecidas pela OAB.

Por meio de um blog vinculado ao site de seu escritório, por exemplo, um advogado poderá tratar de assuntos pertinentes ao seu trabalho, esclarecer as principais dúvidas de seus clientes e, assim, passar a ser reconhecido como fonte segura de informação sempre que alguém pesquisar pelo mesmo tema na internet. E, no momento em que um profissional atestar o seu conhecimento sobre determinado assunto no mundo virtual, as pessoas passarão a buscar o seu auxílio no mundo real. 

E uma dica de como começar a criar marketing de conteúdo é fazer um levantamento das pautas que mais despertam interesse, curiosidade ou dúvidas dentro da área jurídica em que se atua. Para isso, é possível analisar as demandas recebidas no escritório, conversar com os clientes ou, ainda, utilizar ferramentas como o Google Trends, que permitem analisar as pesquisas mais frequentes dos usuários de internet sobre um determinado assunto. 

A partir desses dados, uma ação possível é elencar os três principais tópicos e escrever sobre eles. O início pode ser um pouco complicado, mas basta compartilhar o conteúdo com a rede de contatos e, naturalmente, outras pautas surgirão. 

Assessoria de Imprensa

Apesar da restrição da OAB quanto às ações de marketing performadas em mídias como TV e rádio, a Instituição permite que os advogados estejam presentes nesses veículos de comunicação desde que com o objetivo de transmitir informações. Assim, se torna bastante importante a esses profissionais contar com serviços de assessoria de imprensa. 

É por meio dela que será possível descobrir oportunidades de colaborar com notícias e matérias jornalísticas que careçam de uma opinião jurídica, por exemplo. E uma aparição discreta e sóbria na mídia não só aumentará a visibilidade do profissional e de seu escritório, como contribuirá para solidificar a sua autoridade. 

Além disso, a assessoria de imprensa também servirá para identificar outras boas ações de marketing. Vagas para participar de palestras e seminários, por exemplo, são alternativas bastante interessantes aos advogados que procuram promover o seu trabalho sem descumprir as normativas da OAB.

Forme parcerias

Formar parcerias não apenas é uma estratégia de marketing bastante eficiente para os advogados, como também é uma tática aprovada e indicada pela própria OAB. Em um artigo que buscava fornecer dicas aos profissionais do direito acerca das ações de publicidade que eles poderiam aplicar em seu dia a dia, a Instituição recomendou a criação de networkings — redes de contato — como uma medida eficiente e totalmente lícita. 

“Desenvolva parcerias com profissionais de áreas relacionadas a de seu escritório, e troquem cadastro de clientes, ou mandem uma correspondência em conjunto para os clientes dos dois escritórios. Por exemplo, escritório de contabilidade com um escritório de advocacia (…)”, afirma o órgão que ainda complementa indicando a “participação em associações, grupos e comunidades formadas por seus clientes alvos”

Mas não basta saber que essa é uma sugestão da OAB. Os advogados precisam reconhecer o verdadeiro valor das parcerias enquanto iniciativas de marketing. A partir de um simples sistema de “recomendar para ser recomendado”, elas promovem um ganho de visibilidade, permitindo o alcance de um público mais amplo, e fortalecem a reputação dos profissionais envolvidos. Por isso, vale a pena considerar esse tipo de ação. 

A Aliança Tributária

Seguindo os preceitos de discrição e sobriedade definidos pela OAB, a Stürmer & Wulff criou a Aliança Tributária, um rede de parcerias voltada aos profissionais da área jurídica que buscam ampliar os horizontes de suas carreiras e transformar a realidade de seus escritórios por meio da atuação na área fiscal.

Em uma relação equilibrada, honesta e transparente, desempenhamos o papel de facilitadores para os nossos sócios, oferecendo-lhes os meios e recursos necessários para que possam ganhar maior projeção no cenário do direito, tais como serviços diferenciados para adicionar ao portfólio e estratégias de marketing bem definidas, seguras e em conformidade com as exigências da Ordem.

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Para entender melhor a proposta da Aliança Tributária e descobrir todos os benefícios que ela pode oferecer a você e ao seu escritório, entre em contato conosco.