Má administração de recursos, descaso com o planejamento financeiro e a adoção de riscos não calculados estão entre as principais causas do endividamento empresarial. Negócios que não possuem organização e preparo, não raramente acabam contraindo débitos, manchando sua imagem no mercado e prejudicando o seu próprio crescimento. Porém, em alguns casos, a aquisição de uma dívida pode ser uma questão que foge ao controle das empresas. Em momentos de crise como o que vivemos agora, por exemplo, onde súbitas mudanças estremeceram toda a economia, manter-se adimplente pode ser o maior dos desafios para um negócio.

Em ambos os contextos, a prática de reestruturação de dívidas surge como uma forte aliada. Por meio dela, será possível negociar condições que possibilitem o pagamento aos credores, concedendo ao empreendimento uma chance de restaurar a sua reputação e o seu caixa. 

Reestruturando dívidas

Por meio da Lei n° 11.101/2005, chamada de Lei de Recuperação e Falência, instituíram-se duas ferramentas de reestruturação de dívidas: a recuperação extrajudicial e a recuperação judicial

Enquanto a primeira é um mecanismo mais ‘simples’, que permite a negociação de débitos com os credores sem o ajuizamento de um processo, a segunda é uma medida legal um tanto mais complexa, onde a superação das dívidas está atrelada a abertura de uma ação judicial — esta, inclusive, é recomendada em casos mais graves de endividamento, pois tem por objetivo principal a manutenção das funções do negócio e a prevenção da falência. 

E a despeito das diferenças que possuem em sua aplicabilidade, tanto a recuperação extrajudicial quanto a judicial possuem execuções similares. Ambas, a exemplo, costumam se desenvolver em três etapas gerais:

  • Diagnóstico: examina a situação financeira geral da empresa e as estruturas da dívida que possui, verificando qual é o perfil de endividamento do negócio.
  • Reconhecimento e registro: identifica quais são os credores a quem a empresa deve, quais são valores de cada débito e também seus respectivos juros e taxas. 
  • Ação: define as estratégias de negociação que serão aplicadas: quais dívidas serão priorizadas, quais serão as formas de pagamento (parcelamento, por exemplo), as condições e os prazos que serão solicitados aos credores, etc.  Nos casos de recuperação judicial, é nessa etapa que acontece o ajuizamento do processo no judiciário. 

Após esses três momentos, ainda é comum que o processo de reestruturação de dívidas se encerre com o desenvolvimento de um plano de prevenção para a empresa, a fim de garantir que ela estará preparada para lidar com suas finanças sem cair outra vez na inadimplência. 

Reestruturação de dívidas em meio à crise

Diante da atual pandemia do novo coronavírus, que impactou todas as economias globais de alguma forma, muitas empresas sofreram abalos financeiros e contraíram dívidas preocupantes. Para elas, a reestruturação de dívidas ganha destaque, visto que pode ser fundamental à sua recuperação. 

E vale lembrar que em períodos como esse, as chances de obter ótimas negociações costumam ser maiores, posto que os credores, também abalados pela crise, se apresentam mais flexíveis às propostas. 

Investir em ações de reestruturação de dívidas, portanto, é sempre interessante as empresas; quer em momentos econômicos conturbados ou não. Mas vale lembrar que o endividamento em situações de instabilidade econômica é sinônimo de maior vulnerabilidade. Sem débitos, a empresa tem maior controle financeiro, maior credibilidade no mercado e ainda conta com a tranquilidade de não estar na zona de risco de falência.

A Stürmer & Wulff

No que tange à reestruturação de dívidas, a Stürmer e Wulff atua em diversas frentes, oferecendo auxílio consultivo e contencioso tanto a empresas quanto a investidores e credores. Caso tenhamos lhe despertado o interesse acerca dessa prática e você deseje saber mais como ela pode beneficiar seu negócio nesse período de crise, não hesite em nos contatar. Nos colocamos inteiramente à sua disposição. 

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Converse conosco. Vamos pensar juntos em alternativas para  salvaguardar o seu negócio.