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cobranca-judicial: pessoas analisando processo

Como funciona o processo de cobrança judicial?

Cobrança judicial é o procedimento utilizado por credores para recuperar valores não pagos após tentativas de negociação amigável. Trata-se de um recurso legal que dá mais força à exigência do crédito, já que permite recorrer ao Judiciário para obrigar o devedor a quitar a dívida. Por isso, é considerada uma das ferramentas mais seguras quando a inadimplência persiste.

Neste conteúdo, você vai entender quando recorrer à cobrança judicial, quais documentos são necessários, como funciona cada etapa do processo, além das vantagens e desvantagens dessa medida em comparação com a cobrança extrajudicial. Assim, terá mais clareza para decidir se essa é a estratégia adequada para o seu caso.

  • Neste artigo você vai ver:

O que é cobrança judicial?

A cobrança judicial é o processo movido pelo credor, por meio de um advogado, para recuperar valores que não foram quitados mesmo após tentativas de negociação extrajudicial. Nesse procedimento, o credor aciona o Poder Judiciário, apresenta ao juiz documentos que comprovem a dívida e solicita a determinação do pagamento.

Diferentemente da cobrança amigável, a via judicial permite que o magistrado imponha medidas compulsórias ao devedor, como restrições patrimoniais, garantindo maior efetividade na recuperação do crédito. No entanto, trata-se de uma via geralmente mais demorada e com custos adicionais.

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Tipos de ações na cobrança judicial

Na prática, quando falamos em cobrança judicial, não existe apenas um único modelo de processo. O ordenamento jurídico brasileiro prevê diferentes tipos de ações que podem ser utilizadas.

São elas: 

Ação de Cobrança

  • É o tipo mais comum e tradicional.
  • O credor entra com a ação apresentando provas do débito (contratos, notas fiscais, comprovantes de entrega, etc.).
  • O juiz cita o devedor para se defender e, após a fase de instrução e julgamento, pode condená-lo ao pagamento.
  • É indicada quando há dívida reconhecida, mas não existe um título executivo que permita a execução imediata.

Ação Monitória

  • Usada quando o credor possui prova escrita sem força de título executivo (como um contrato não assinado por testemunhas, nota promissória vencida, orçamentos aceitos por e-mail, etc.).
  • O juiz expede um mandado de pagamento e o devedor tem prazo para pagar ou apresentar defesa.
  • Caso não haja defesa válida, a decisão se transforma em título executivo judicial, acelerando a cobrança.

Ação de Execução

  • Indicada quando a dívida está representada por um título executivo extrajudicial (cheques, duplicatas, notas promissórias, contratos com assinatura de duas testemunhas, sentença judicial, etc.).
  • Nesse caso, não há necessidade de discutir a existência da dívida: o juiz já pode determinar diretamente medidas como penhora de bens, bloqueio de contas e outras formas de constrição.
  • É a via mais rápida e efetiva.

Documentos necessários para entrar com a ação de cobrança judicial 

Para dar início à ação de cobrança judicial, o credor deve apresentar provas que confirmem a obrigação do devedor, como:

  • Contratos assinados;
  • Notas fiscais;
  • Cheques, duplicatas ou boletos;
  • Comprovantes de entrega de produtos ou prestação de serviços.

Esses documentos aumentam a força da ação e reduzem o risco de defesa do devedor. Dessa maneira, o andamento processual se sustenta em provas consistentes, o que minimiza a possibilidade de fatos novos surgirem.

Etapas do processo de cobrança judicial

Quando não há mais chances de acordo amigável e a cobrança precisa ser levada ao Judiciário, o processo se desenvolve, em termos gerais, nas seguintes fases:

  1. Ajuizamento da ação – O credor, com auxílio de um advogado, protocola o pedido de cobrança junto ao Judiciário.
  2. Citação do devedor – O juiz manda citar o devedor, que terá prazo para pagar a dívida ou apresentar defesa.
  3. Análise do juiz – Caso não haja defesa válida, o magistrado pode determinar o pagamento imediato.
  4. Medidas constritivas – Se o devedor não quitar, podem ser aplicadas medidas como penhora de bens, bloqueio de contas bancárias e inclusão em cadastros restritivos.

Vantagens e desvantagens da cobrança judicial

Como todo processo envolvendo diversas partes, existem suas vantagens e desvantagens. Separamos algumas das principais abaixo:

Vantagens:

  • Maior poder de pressão sobre o devedor;
  • Possibilidade de penhora de bens e bloqueio de valores;
  • Reconhecimento judicial da dívida.

Desvantagens:

  • Processo mais demorado;
  • Custos com taxas judiciais e honorários advocatícios;

Necessidade de documentos que comprovem o crédito.

Diferença entre cobrança judicial e cobrança extrajudicial

CaracterísticaCobrança judicialCobrança extrajudicial
Onde ocorreNo Poder Judiciário, com acompanhamento de advogado e trâmites processuais.Fora da Justiça, diretamente pelo credor ou por empresas de cobrança.
Participação do juizSim, o juiz decide sobre o caso e pode determinar medidas coercitivas.Não há participação do juiz ou de órgãos judiciais.
CustosEnvolve custas processuais e honorários advocatícios.Pode ter custos menores ou nenhum custo judicial.
PrazosMais longo, dependendo da complexidade do caso.Geralmente mais rápido e flexível.
Medidas possíveisPenhora de bens, bloqueio de contas, leilões e desconto em folha.Negociação, parcelamentos e ofertas de desconto.
FormalidadeAlto grau de formalidade e prazos rígidos.Menos formal e mais flexível.

Prazo da cobrança judicial

Depois de ajuizada a ação, o tempo de tramitação da cobrança judicial depende de fatores como:

  • Complexidade do caso;
  • Existência de defesa do devedor;
  • Quantidade de recursos apresentados;
  • Estrutura do tribunal local.

Na prática, uma ação de cobrança pode durar:

  • 6 meses a 2 anos, quando se trata de execução com título executivo e o devedor não apresenta resistência;
  • 2 a 5 anos ou mais, em ações de cobrança ou monitória, especialmente se houver muitas contestações e recursos.

Por lei, todas as dívidas têm um prazo de prescrição definido e, no código cívil, é expresso os prazos máximos. Caso tenha interesse em saber mais sobre os prazos de prescrição, clique aqui e leia o material do Jus Brasil. 

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