De acordo com dados do Serasa Experian, o número de empresas gaúchas que ingressaram com pedidos de recuperação judicial em janeiro deste ano foi maior em comparação ao mesmo período de 2019, subindo de 15 para 23. Dentre os solicitantes, oito tiveram sua requisição deferida; no entanto, apenas quatro empresas conseguiram, de fato, que a recuperação judicial lhes fosse concedida. 

Em relação ao último mês de dezembro, porém, quando 119 requisições foram efetuadas, os dados contabilizados demonstram uma queda de 21%. Ainda, o levantamento também indicou um baixo índice de falências decretadas ao longo dos períodos analisados. Dessa forma, mesmo com o crescimento percebido em janeiro, a Instituição afirma que os números podem ser considerados positivos, pois revelam certa estabilidade na saúde financeira dos negócios do Estado.

Além do Rio Grande do Sul, o cenário nacional também demonstrou melhora: em janeiro deste ano 94 solicitações foram efetuadas, contra as 95 registradas no mesmo período do último ano. E apesar de mínima, a redução renova as esperanças acerca de um melhor indicador ao fim do ano.

Desde 2016, a média de pedidos de recuperação judicial efetuados no Brasil tem sido alta; em tal ano, por exemplo, 1.863 empresas ingressaram com requisições. Em 2019 já foi possível notar uma evolução significativa, visto que contabilizou-se apenas 1.387 solicitações do gênero. De qualquer maneira, ao se considerar que o Brasil hoje possui 22 milhões de empresas ativas, os dados ainda não são tão preocupantes. 

Sobre a recuperação judicial, ela é uma medida jurídica prevista em Lei que visa evitar a falência de uma empresa. Ela é concedida pela Justiça mediante a comprovação de que as dificuldades financeiras da organização a põem em risco. Para auxiliar o contribuinte em sua reestruturação, o Judiciário se propõe a supervisionar as negociações das dívidas diretamente com os credores da empresa.

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